Com certeza você já se deparou com o captcha enquanto navega pela internet.

Aquelas mensagens com letras ou números distorcidos que precisamos digitar para que seja possível realizar alguma ação, ou acessar algum tipo de conteúdo, que muitas vezes nos fazem desistir de alguma coisa quando precisamos repetir várias vezes o desafio.

Por mais chato que sejam esses testes, eles têm uma função importantíssima, e acredite, sem eles as coisas seriam ainda mais irritantes.

Leia agora nosso guia completo sobre captcha, o que é, sua função, como utilizar e aprenda tudo sobre essa ferramenta que veio para nos dar mais segurança no mundo virtual.

O que é captcha?

Captcha é uma sigla para “Completely Automated Public Turing test to tell Computers and Humans Apart”.

Basicamente podemos resumir o captcha como sendo um teste automatizado para diferenciar humanos de computadores.

Esse teste é baseado em uma imagem que contém letras ou números, em alguns casos juntamente com linhas, barras e outras coisas que dificultam a sua identificação automática, mas que para os olhos humanos são de fácil identificação.

Dessa forma, sempre que alguém envia um formulário no seu site, por exemplo, e a sequência da imagem foi digitada corretamente significa que quem enviou aquele formulário foi uma pessoa de verdade, e não um robô.

Qual é a função do captcha?

O papel do captcha é evitar que spams ou mensagens enviadas automaticamente por robôs cheguem aos usuários sem qualquer tipo de barreira.

Sem essa validação seria muito fácil para que os robôs (bots) que fazem spam, comentam em fóruns e redes sociais, acessassem qualquer página sem nenhuma dificuldade.

Esses robôs encontram grande dificuldade para entender as letras e números distorcidos que normalmente também contam com linhas e barras para ajudar a confundir os robôs.

Mesmo assim, já existem bots que conseguem eliminar essa poluição dos códigos, facilitando a leitura das sequências de caracteres necessários para dar prosseguimento a uma ação, como um comentário em um site, por exemplo.

O que é o Teste de Turing?

O Teste de Turing, publicado em 1950 por Alan Turing, consiste em testar se uma máquina seria capaz de ter um comportamento semelhante ao de um ser humano.

A realização do teste se dava ao colocar um humano em uma conversa de forma natural com outro humano junto a uma máquina projetada para produzir respostas semelhantes às de outro humano.

Todos ficavam em ambientes separados, e caso o juiz não fosse capaz de dizer quais respostas foram dadas pela máquina e quais eram dadas pelo humano, afirmava-se que a máquina havia passado no teste.

O objetivo do teste não era confirmar a capacidade da máquina de responder corretamente as questões, mas o quanto suas respostas se aproximavam das respostas fornecidas por um humano.

O captcha que conhecemos hoje utiliza esse conceito, porém é o sistema que nos propõe um teste e, caso nossa resposta seja correta conseguimos acessar o que desejamos naquele momento.

O que é o Recaptcha?

A digitalização de livros, por exemplo, é feita por meio da utilização de um software chamado OCR (Optical Character Recognition) que faz o reconhecimento de palavras através de imagens.

Quando o OCR não consegue identificar alguma palavra, esse termo é enviado para diversos sites inscritos no serviço de Recaptcha, e esses sites apresentam as palavras não identificadas pelo OCR em formato de captcha para os seres humanos, que vão decifrar essas palavras.

Os resultados dessa validação pelos humanos retornam para o serviço de Recaptcha, que por sua vez retorna as palavras antes desconhecidas, agora validadas para o projeto que solicitou o serviço, como um jornal que quer digitalizar seu acervo, por exemplo.

Como funciona o invisible captcha?

Invisible captcha significa o fim da necessidade de decifrar códigos de letras e números distorcidos, assim como a necessidade de confirmar que você não é um robô clicando numa caixa de diálogo sempre que tenta realizar alguma ação em um site.

Essa evolução do captcha faz com que a navegação dos usuários seja muito mais agradável, já que qualquer validação é feita de maneira invisível.

Por exemplo, a caixa de diálogo “Eu não sou um robô” foi transferida para o botão Enviar/Submeter de um formulário, por exemplo. Ao clicar no botão o sistema faz toda a verificação necessária, e caso ele ainda tenha dúvidas sobre se você é um robô ou não, poderá propor um outro desafio e assim dar sequência a sua navegação.

Essa checagem leva em conta muito mais fatores do que simplesmente um código com letras e números correto. São analisados dados do usuário no próprio Google, como histórico de buscas, atividades e o comportamento do usuário durante suas sessões.

Conclusão

Ninguém discorda do quanto incômodos são os testes com letras distorcidas sempre que queremos acessar algum site ou material e somos obrigados a passar por essa barreira.

Mesmo assim, o uso do captcha é indispensável para que os sites não sejam inundados de mensagens de spam de todos os tipos. Se ele não existisse, acabaria se tornando impossível utilizar a internet de modo satisfatório.

As tecnologias utilizadas no aprimoramento do captcha não param de avançar, ao ponto de as verificações serem possíveis sem que o usuário precise preencher qualquer tipo de informação, bastando apenas um clique para ativar um sistema extremamente complexo.